quinta-feira, 3 de maio de 2012

Por que a Igreja sempre usou velas?

A vela é uma coisa extremamente bonita, as pessoas colocam as velas nos pequenos altares de oração, porque sempre foi costume da Igreja Católica usá-las.

Feita com um pavio envolto por uma camada de combustível sólido, parafina, glicerina, cera de abelha, dentre outros. Nas catacumbas eram usadas para os sacerdotes lerem os livros, as orações.  A vela tinha essa serventia, iluminar. Com a expansão da energia elétrica ela passou a não ser tão usada para este fim, mas deixando um simbolismo muito profundo para nossa Liturgia.

Este barbante que fica no meio da vela, é a alma da vela. Coloca-se fogo no barbante e este vai se consumindo, iluminando e dando calor. O calor é pouco, há muito mais luz do que calor.

Se colocarmos fogo somente em um barbante sem o combustível, ele rapidamente se consumirá. Ele dentro da vela, o calor da base da chama vai derreter a cera. A base do pavio fica então embebida pela cera derretida fazendo com que se queime vagarosamente.

Poucas pessoas sabem o simbolismo que provém da vela. Ela simboliza o ser humano. Nós temos um corpo de sebo, nossa carne, assim como a cera da vela. O pavio é nossa alma.

Quando é colocado o fogo na vela ela produz luz e calor. Quando a chama da verdade é introduzida em nossa inteligência, produz luz e calor para os demais. Luz da verdade, calor da caridade, porque o amor é caloroso, ardente.

Quando estamos rezando e deixamos uma vela em algum lugar, estamos querendo dizer que estamos indo embora, mas ali fica a vela que representa o nosso ser.

Produzimos luz e calor, a verdade e a caridade, quando através de nossas ações emitimos a verdade através de nossa voz e o calor da caridade para todos os irmãos que Deus nos dá. Verdade esta que só podemos proclamar corretamente escutando Nossa Igreja, verdadeira e única guardiã da verdade, e imitando-a na ação de propagá-la.

É assim que devemos ser,  como a vela, que numa procissão uns acendem suas velas com as de outros, passando luz e calor a todos.

Weslen Viana