segunda-feira, 7 de maio de 2012

“Por muitos” e não “por todos”.


Em um notícia anterior foi salientado o pedido do Papa para se corrigir um pequeno trecho da consagração, onde em muitas línguas, no latim o “por muitos” foi traduzido por “por todos”.

Vejamos as palavras da consagração do vinho:

“... Ele tomou o cálice, deu graças novamente, e deu aos seus discípulos dizendo: Tomai todos e bebei, este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por vós e por todos, para a remissão dos pecados, fazei isto em memória de mim.

Neste trecho por mim negritado, sugere que o derramamento de sangue foi por todos.

Mas está errado? Jesus não derramou seu sangue por todos?

Analisemos como se dá a redenção de Cristo, que se dá concomitante de duas formas.

Redenção objetiva: Esta sim é a redenção que Cristo veio a ter para que todos se salvassem. Ela aconteceu para todos nós, todas as criaturas, com exceção de Maria que foi concebida sem pecado.

Redenção subjetiva: Onde o nome já explica que é a redenção que se dá no sujeito, na pessoa. E esta redenção é aplicada a cada um individualmente.

A redenção objetiva está consumada, aconteceu para todos. Como os méritos da redenção é aplicados a todos nós separadamente (redenção subjetiva), fica fácil entender que muitos que já morreram não aproveitaram a redenção de Cristo, ou seja, muitos não foram redimidos porque subjetivamente (redenção subjetiva), não aceitaram seu sacrifício. Hoje muitos não creem, nem conhecem Jesus e o evangelho, e muitos com certeza não aproveitarão sua redenção.

Simplificando...

Jesus morreu por todos. Muitos não quiseram por sua livre vontade aceitar seu sacrifício expiatório, logo, mesmo Jesus morrendo por todos e muitos não foram redimidos, então concluímos que seu sangue foi derramado não por todos, mas por muitos.

É isso que o papa quis esclarecer e pedir, inicialmente aos padres da Alemanha que ao invés de “por todos”, dissessem “por muitos” na consagração.

Weslen Viana