Em
um notícia anterior foi salientado o pedido do Papa para se corrigir um pequeno
trecho da consagração, onde em muitas línguas, no latim o “por muitos” foi
traduzido por “por todos”.
Vejamos
as palavras da consagração do vinho:
“...
Ele tomou o cálice, deu graças novamente, e deu aos seus discípulos dizendo:
Tomai todos e bebei, este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna
aliança, que será derramado por vós e por
todos, para a remissão dos pecados, fazei isto em memória de mim.
Neste
trecho por mim negritado, sugere que o derramamento de sangue foi por todos.
Mas
está errado? Jesus não derramou seu sangue por todos?
Analisemos
como se dá a redenção de Cristo, que se dá concomitante de duas formas.
Redenção
objetiva: Esta sim é a redenção que Cristo veio a ter para que todos se
salvassem. Ela aconteceu para todos nós, todas as criaturas, com exceção de
Maria que foi concebida sem pecado.
Redenção
subjetiva: Onde o nome já explica que é a redenção que se dá no sujeito, na
pessoa. E esta redenção é aplicada a cada um individualmente.
A
redenção objetiva está consumada, aconteceu para todos. Como os méritos da
redenção é aplicados a todos nós separadamente (redenção subjetiva), fica fácil
entender que muitos que já morreram não aproveitaram a redenção de Cristo, ou
seja, muitos não foram redimidos porque subjetivamente (redenção subjetiva),
não aceitaram seu sacrifício. Hoje muitos não creem, nem conhecem Jesus e o
evangelho, e muitos com certeza não aproveitarão sua redenção.
Simplificando...
Jesus
morreu por todos. Muitos não quiseram por sua livre vontade aceitar seu
sacrifício expiatório, logo, mesmo Jesus morrendo por todos e muitos não foram
redimidos, então concluímos que seu sangue foi derramado não por todos, mas por
muitos.
É
isso que o papa quis esclarecer e pedir, inicialmente aos padres da Alemanha
que ao invés de “por todos”, dissessem “por muitos” na consagração.
Weslen
Viana