Em
nós existem duas naturezas, a natureza corporal e a natureza espiritual, que
ambas formam nosso ser, a nossa pessoa, ou seja, somos dotados em vida de corpo
e alma.
No
entanto, quando somos concebidos, nossa mãe gera somente nosso corpo e não nossa
alma. Quando dizemos que, por exemplo, Joana é mãe de Raimundo, não dizemos que
Joana é mãe do corpo de Raimundo. Mesmo que tenha gerado somente o corpo
dizemos que Joana é mãe de Raimundo, inteiro, mãe do ser (pessoa) chamado
Raimundo.
Com
Jesus não é diferente. Ele apesar de ser humano, no mistério da Encarnação
possui duas naturezas, a humana e a divina.
Assim
Maria não gerou a divindade dEle, mas gerou
seu corpo. E quando nos referimos a maternidade de Maria, não dizemos que Ela é
mãe do humano Jesus, e sim mãe de Jesus Cristo (inteiro).
A
afirmação de que Maria não é mãe de Deus parte principalmente dos protestantes.
Fazem confusão porque este é o ofício deles. O termo Theotokos (mãe de Deus), não se refere à Maria mãe de Deus desde a eternidade (no Kairos), mas apenas como mãe de Jesus,
que por ser verdadeiramente Deus, torna-se também a Mãe de Deus na Terra (no Chronos).
A Pessoa
de Jesus Cristo sendo indivisível em suas duas naturezas, fica bem simples
entender porque podemos chamar Nossa Senhora de Mãe de Deus, pois se Maria é
mãe de Jesus e Jesus é Deus, logo Maria é mãe de Deus.
E
não é diferente do que proclamamos, o que Santa Isabel proclamou:
“Donde
me vem esta honra de vir a mim a mãe de
meu Senhor?”
(Lc 1, 43)
Weslen Viana