“Quem poupa o lobo, sacrifica a ovelha” (Vitor Hugo)
Qual seu posicionamento a respeito da pena de morte?
Neste espaço se visa evangelizar, catequeticamente,
ensinando as verdades divinas ensinadas por Cristo e seus discípulos e
confiadas a sua Igreja. Então se procura fazer que nada que seja dito aqui,
sucinte a idéia de uma mera opinião pessoal, mas sim a doutrina da Igreja
Católica Apostólica Romana.
Com certeza você já de deparou com essa questão, Pena de
morte. Muitos têm sua opinião a respeito disso. Mas nossa preocupação
primordial agora, para nós católicos, é saber se a Igreja é contra a pena de
morte, ou a favor.
É justamente isso que precisamos, nos assegurar que a Igreja
Católica, verdadeira guardiã do Evangelho, nos ensine sobre a fé e moral, até
mesmo sobre assuntos que nos parecem, as vezes tão óbvios. E é lamentável que a
maioria dos católicos não saibam que a Igreja sempre ensinou que a pena de
morte é plausível sim, na maioria dos casos sérios, principalmente quando se
põe em risco a integridade vital de indivíduos.
Primeiramente vejamos o que está registrado nas Escrituras:
No Evangelho conta-se que Jesus disse a Pilatos que ele
tinha poder de condená-lo à morte porque "lhe fora dado pelo alto"
(Jo. 19 , 11) E ainda no Apocalipse Cristo Deus afirmou "Quem
matar à espada importa que seja morto à espada" (Apoc
13, 10) Se faz comparação dessa afirmação de Jesus Cristo, a confirmação do que
Deus disse a Noé: "Todo aquele que derramar sangue humano
[será castigado] com a efusão do seu próprio sangue"
(Gn. 9, 6).
Haveria sim, muitos outros textos bíblicos que mostra a
veracidade de aceitar a pena de morte como castigo.
Muitos pensam que a pena de morte, como é geralmente
mostrada, é aplicada somente com uma cadeira elétrica, guilhotina, forca ou
algo semelhante. Analisemos que o termo PENA DE MORTE, se aplica no indivíduo
paga (a pena) com sua própria vida, em quaisquer circunstâncias.
Como a Bíblia não é a única fonte de revelação da palavra,
damos espaço aqui também ao Catecismo da Igreja Católica (CIC).
Vejamos o quão é sábia a Igreja, ao ter cuidado a se aplicar
tal pena, oferecendo primeiro a misericórdia ao agressor.
§2267 O ensino tradicional da Igreja não exclui, depois
de com provadas cabalmente a identidade e a responsabilidade de culpado, o
recurso à pena de morte, se essa for a única via praticável para defender
eficazmente a vida humana contra o agressor injusto.
Se os meios incruentos bastarem para defender as vidas
humanas contra o agressor e para proteger a ordem pública e a segurança das
pessoas, a autoridade se limitará a esses meios, porque correspondem melhor às
condições concretas do bem comum e estão mais conformes à dignidade da pessoa
humana.
A Igreja defende primeiramente a misericórdia, ou seja, a
chance de tal agressor realmente se arrepender e não voltar a cometer delitos.
Mas se tais meios incruentos (sem massacre ou derramamento de sangue ) assim
como a própria misericórdia de Deus não bastarem, a Igreja depois de comprovar
cabalmente a responsabilidade de culpado, visando defender a vida humana deste
agressor, defende o uso deste meio cruento, a pena de morte.
"Só se terá paz, na ponta da
lança". (Santa Joana d`Arc)
Mariae, ora pro nobis pecatóribus.
Weslen Viana