terça-feira, 17 de abril de 2012

Pena de morte: sim ou não?


“Quem poupa o lobo, sacrifica a ovelha” (Vitor Hugo)

Qual seu posicionamento a respeito da pena de morte?

Neste espaço se visa evangelizar, catequeticamente, ensinando as verdades divinas ensinadas por Cristo e seus discípulos e confiadas a sua Igreja. Então se procura fazer que nada que seja dito aqui, sucinte a idéia de uma mera opinião pessoal, mas sim a doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana.

Com certeza você já de deparou com essa questão, Pena de morte. Muitos têm sua opinião a respeito disso. Mas nossa preocupação primordial agora, para nós católicos, é saber se a Igreja é contra a pena de morte, ou a favor.

É justamente isso que precisamos, nos assegurar que a Igreja Católica, verdadeira guardiã do Evangelho, nos ensine sobre a fé e moral, até mesmo sobre assuntos que nos parecem, as vezes tão óbvios. E é lamentável que a maioria dos católicos não saibam que a Igreja sempre ensinou que a pena de morte é plausível sim, na maioria dos casos sérios, principalmente quando se põe em risco a integridade vital de indivíduos.

Primeiramente vejamos o que está registrado nas Escrituras:

No Evangelho conta-se que Jesus disse a Pilatos que ele tinha poder de condená-lo à morte porque "lhe fora dado pelo alto" (Jo. 19 , 11) E ainda no Apocalipse Cristo Deus afirmou "Quem matar à espada importa que seja morto à espada" (Apoc 13, 10) Se faz comparação dessa afirmação de Jesus Cristo, a confirmação do que Deus disse a Noé: "Todo aquele que derramar sangue humano [será castigado] com a efusão do seu próprio sangue" (Gn. 9, 6).

Haveria sim, muitos outros textos bíblicos que mostra a veracidade de aceitar a pena de morte como castigo.

Muitos pensam que a pena de morte, como é geralmente mostrada, é aplicada somente com uma cadeira elétrica, guilhotina, forca ou algo semelhante. Analisemos que o termo PENA DE MORTE, se aplica no indivíduo paga (a pena) com sua própria vida, em quaisquer circunstâncias.

Como a Bíblia não é a única fonte de revelação da palavra, damos espaço aqui também ao Catecismo da Igreja Católica (CIC).

Vejamos o quão é sábia a Igreja, ao ter cuidado a se aplicar tal pena, oferecendo primeiro a misericórdia ao agressor.

§2267 O ensino tradicional da Igreja não exclui, depois de com provadas cabalmente a identidade e a responsabilidade de culpado, o recurso à pena de morte, se essa for a única via praticável para defender eficazmente a vida humana contra o agressor injusto.
Se os meios incruentos bastarem para defender as vidas humanas contra o agressor e para proteger a ordem pública e a segurança das pessoas, a autoridade se limitará a esses meios, porque correspondem melhor às condições concretas do bem comum e estão mais conformes à dignidade da pessoa humana.

A Igreja defende primeiramente a misericórdia, ou seja, a chance de tal agressor realmente se arrepender e não voltar a cometer delitos. Mas se tais meios incruentos (sem massacre ou derramamento de sangue ) assim como a própria misericórdia de Deus não bastarem, a Igreja depois de comprovar cabalmente a responsabilidade de culpado, visando defender a vida humana deste agressor, defende o uso deste meio cruento, a pena de morte.

"Só se terá paz, na ponta da lança". (Santa Joana d`Arc)
Mariae, ora pro nobis pecatóribus.
Weslen Viana