sábado, 19 de maio de 2012

O que são indulgências?


Dificilmente alguém poderá lhe responder, se este alguém for indagado: O que são indulgências?

A Igreja de Cristo, Católica Apostólica Romana tem sido alvo de ataques durante os séculos contemporâneos de ter vendido indulgências. Mas com o mínimo de sinceridade, sabem o que é isso? São poucos os que sabem. Indulgências podem ser vendidas? Não, não podem. Isso prova que se algum dia indulgências foram vendidas, não foi um erro da Igreja, pois esta não pode errar, e sim dos membros da Igreja.

Não existe nenhum sequer documento da Igreja que aprove a venda de tais indulgências.

Vamos ao que interessa então.

Para entender o que são indulgências precisamos antes conhecer a natureza do pecado e suas consequências.

Sobre a natureza dos pecados já escrevi e postei aqui no site (link aqui), que eles podem ser mortais ou veniais, ou seja, graves ou leves.

Agora todo pecado gera duas conseqüências, a culpa e a pena, e que ambas podem ser temporais ou eternas.

A culpa eterna nos veio por meio do pecado de Adão e Eva, mas que estamos livres dela, por meio do sacrifício expiatório de Jesus, e que marcamos sacramentalmente com o batismo em nossa alma. A culpa temporal são os nossos pecados pessoais, que podem ser perdoados, por um ato de contrição, seguido de uma confissão sacramental.

Bom, as indulgências não estão ligadas diretamente as culpas, e sim às penas.

Toda culpa gera uma pena, uma consequência. Como entender?

Não é difícil de entender que todo pecado gera uma desordem, e quão maior a culpa (o pecado), maior a desordem, assim sendo maior a pena. Uma maneira de compreender isso é imaginando um prego que foi pregado na parede. Imaginemos o prego como sendo o pecado e a parede como sendo a ordem natural do mundo. Antes a parede estava lisa, sem nenhum buraco, então quando o prego é martelado na parede, quão tamanho for o prego, quão será o buraco na parede.

Deus perdoando este pecado, o prego é retirado da parede. No entanto, o pecador causou uma desordem na natureza das coisas, ou seja, ficou o buraco. Este buraco é a pena gerada. Para apagar esta pena é necessário que se tape este buraco, que se faça algum sacrifício para isto.

É também como cometer um furto (culpa), onde a pessoa subtrai de outra pessoa, causando uma desordem (pena), pois que a pessoa roubada foi prejudicada. O pecado do furto é perdoável, no entanto, se ficasse por isso e não fosse devolvido o objeto roubado, a ordem das coisas não voltaria ao normal.

O problema é que muitas vezes não há como pagar tal pena, reordenando a situação. Como por exemplo, ao assassinar uma pessoa, ela dificilmente voltará a vida. Então há outras maneiras de se obter o perdão das penas, fazendo sacrifícios, orações para si ou para algum defunto, abstendo-se de certos alimentos e ações, e principalmente um fogo purificador, chamado Purgatório.

Quando a pessoa se livra então dessa pena, dizemos que ele recebeu indulgência.

Indulgência segundo o Catecismo:

Indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos.
 A indulgência é parcial ou plenária, conforme liberta, em parte ou no todo, da pena temporal devida pelos pecados.

A pena temporal é consequencia  dos pecados veniais, e a pena eterna(inferno) é consequencia do pecados mortais.

Indulgências parciais são a remissão das penas temporais e indulgência plenária é a remissão da pena eterna.

A Igreja fiel guardiã e dispensadora dos méritos de Cristo dá ao católico oportunidade de usufruir destes tesouros, que são indulgências propostas por ela mesmo.

Estarei colocando no próximo artigo uma listagem de indulgências parciais e plenárias que podemos alcançar.

Abraço fraterno. Weslen Viana