Dificilmente
alguém poderá lhe responder, se este alguém for indagado: O que são
indulgências?
A
Igreja de Cristo, Católica Apostólica Romana tem sido alvo de ataques durante
os séculos contemporâneos de ter vendido indulgências. Mas com o mínimo de
sinceridade, sabem o que é isso? São poucos os que sabem. Indulgências podem
ser vendidas? Não, não podem. Isso prova que se algum dia indulgências foram
vendidas, não foi um erro da Igreja, pois esta não pode errar, e sim dos
membros da Igreja.
Não
existe nenhum sequer documento da Igreja que aprove a venda de tais
indulgências.
Vamos
ao que interessa então.
Para
entender o que são indulgências precisamos antes conhecer a natureza do pecado
e suas consequências.
Sobre
a natureza dos pecados já escrevi e postei aqui no site (link aqui), que eles podem ser
mortais ou veniais, ou seja, graves ou leves.
Agora
todo pecado gera duas conseqüências, a culpa e a pena, e que ambas podem ser
temporais ou eternas.
A culpa
eterna nos veio por meio do pecado de Adão e Eva, mas que estamos livres dela,
por meio do sacrifício expiatório de Jesus, e que marcamos sacramentalmente com
o batismo em nossa alma. A culpa temporal são os nossos pecados pessoais, que
podem ser perdoados, por um ato de contrição, seguido de uma confissão
sacramental.
Bom,
as indulgências não estão ligadas diretamente as culpas, e sim às penas.
Toda
culpa gera uma pena, uma consequência. Como entender?
Não
é difícil de entender que todo pecado gera uma desordem, e quão maior a culpa (o
pecado), maior a desordem, assim sendo maior a pena. Uma maneira de compreender
isso é imaginando um prego que foi pregado na parede. Imaginemos o prego como
sendo o pecado e a parede como sendo a ordem natural do mundo. Antes a parede
estava lisa, sem nenhum buraco, então quando o prego é martelado na parede,
quão tamanho for o prego, quão será o buraco na parede.
Deus
perdoando este pecado, o prego é retirado da parede. No entanto, o pecador
causou uma desordem na natureza das coisas, ou seja, ficou o buraco. Este
buraco é a pena gerada. Para apagar esta pena é necessário que se tape este
buraco, que se faça algum sacrifício para isto.
É
também como cometer um furto (culpa), onde a pessoa subtrai de outra pessoa,
causando uma desordem (pena), pois que a pessoa roubada foi prejudicada. O
pecado do furto é perdoável, no entanto, se ficasse por isso e não fosse
devolvido o objeto roubado, a ordem das coisas não voltaria ao normal.
O
problema é que muitas vezes não há como pagar tal pena, reordenando a situação.
Como por exemplo, ao assassinar uma pessoa, ela dificilmente voltará a vida.
Então há outras maneiras de se obter o perdão das penas, fazendo sacrifícios,
orações para si ou para algum defunto, abstendo-se de certos alimentos e ações,
e principalmente um fogo purificador, chamado Purgatório.
Quando
a pessoa se livra então dessa pena, dizemos que ele recebeu indulgência.
Indulgência
segundo o Catecismo:
Indulgência é a remissão, diante de
Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, que o
fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por
meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com
autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos.
A indulgência é parcial ou plenária, conforme liberta, em parte ou no todo, da pena temporal devida pelos pecados.
A indulgência é parcial ou plenária, conforme liberta, em parte ou no todo, da pena temporal devida pelos pecados.
A
pena temporal é consequencia dos pecados
veniais, e a pena eterna(inferno) é consequencia do pecados mortais.
Indulgências
parciais são a remissão das penas temporais e indulgência plenária é a remissão
da pena eterna.
A
Igreja fiel guardiã e dispensadora dos méritos de Cristo dá ao católico
oportunidade de usufruir destes tesouros, que são indulgências propostas por
ela mesmo.
Estarei
colocando no próximo artigo uma listagem de indulgências parciais e plenárias
que podemos alcançar.
Abraço
fraterno. Weslen Viana