sexta-feira, 25 de maio de 2012

A Bíblia católica tem livros a mais?


Não. É a Bíblia dos protestantes que tem livros a menos.

Não é difícil entender o porquê.


Durante os tempos no início do cristianismo foram escritos diversos livros, diversos evangelhos, diversas cartas. Todos não poderiam fazer parte do mesmo livro, pois que faria um livro muito grande. E também nem todos poderiam ter sidos inspirados, fazendo desses sem serventia para a Bíblia, que somente deve conter verdades, reveladas pelo Espírito Santo aos escritores.

Estes livros não-inspirados recebem o nome de apócrifos. Esses apócrifos por mais que pareçam conter verdades, analisados exegeticamente contém a fundo heresias.

Por isso houve a necessidade de serem escolhidos os livros que viriam a formar a Bíblia. Foi a Igreja Católica guiada pelo Espírito Santo que compilou a Bíblia, selecionando os verdadeiros livros e os chamou de livros canônicos. Só ela tem o poder de fazer isto, pois foi ela quem recebeu de Cristo as chaves do Reino do céu para ligar e desligar.

Os protestantes devem dar graças a Igreja por eles terem uma Bíblia prontinha, pois ela não caiu do céu com capa e zipper. Antes as Bíblias não eram impressas, não existia esse recurso. Eram escritas e copiadas a mão pelos monges.
Nós católicos temos como fonte da verdade, a Bíblia, Tradição e o Magistério. E na tradição e no magistério podemos afirmar que a Bíblia contém 73 livros inspirados. Os protestantes aceitando a Bíblia como única fonte da verdade, fica impossível a eles dizerem quais os livros são inspirados por alguns motivos:

1º - A Bíblia mesma sendo inspirada, não dá testemunho de si mesma.

2º - Protestantes aceitando somente a Bíblia como fonte verdade, não tem uma tradição apostólica que dê testemunho dela.

3º - Se a Bíblia fosse a única revelação e única fonte de verdade, onde encontramos a verdade sobre quais os verdadeiros livros deve conter nela? Dentro dela contém a lista dos livros inspirados? Claro que não!

O cânon bíblico, ou seja, a compilação dos verdadeiros livros, cartas e evangelhos deve ser algo que esteja fora da Bíblia, e foi de responsabilidade da Igreja, por guardar a verdadeira Tradição e Magistério Eclesiástico.

Foram escritos vários evangelhos, inclusive o famoso Evangelho segundo São Tomé, e o Apocalipse de Pedro, considerados apócrifos pela Igreja, dentre outros. No entanto somente quatro foram considerados inspirados e autênticos, os Evangelhos segundo Mateus, Marcos, Lucas, João e o Apocalipse de João.

O reformadores rejeitaram 7 livros do antigo testamento, por conterem doutrinas que não eram convenientes a eles, por exemplo a existência do Purgatório e as orações pelos mortos. Estes livros rejeitados são chamados de Deuterocanônicos, são eles Tobias, Judite, Macabeus I, Macabeus II, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico (também chamados de Sirácide ou Bem Sirá), e Baruc. Recebem o nome deuterocanônicos porque fazem parte de um cânon e não faz parte de outro, e foram escritos numa língua diferente.  

Interessante é ressaltar que Jesus em seus sermões nas sinagogas sempre mostrava referências ao textos  destes deuterocanônicos do antigo testamento, e os rabinos grandes conhecedores das Escrituras nunca o acusaram de herege ou de dizer algo que não estava escrito.

Estamos a disposição para mais detalhes caso for preciso.

Weslen Viana




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