Não. É a Bíblia dos protestantes que tem
livros a menos.
Não é difícil entender o porquê.
Durante os tempos no início do cristianismo
foram escritos diversos livros, diversos evangelhos, diversas cartas. Todos não
poderiam fazer parte do mesmo livro, pois que faria um livro muito grande. E também
nem todos poderiam ter sidos inspirados, fazendo desses sem serventia para a
Bíblia, que somente deve conter verdades, reveladas pelo Espírito Santo aos escritores.
Estes livros não-inspirados recebem o nome
de apócrifos. Esses apócrifos por mais que pareçam conter verdades, analisados
exegeticamente contém a fundo heresias.
Por isso houve a necessidade de serem escolhidos
os livros que viriam a formar a Bíblia. Foi a Igreja Católica guiada pelo
Espírito Santo que compilou a Bíblia, selecionando os verdadeiros livros e os
chamou de livros canônicos. Só ela tem o poder de fazer isto, pois foi ela quem
recebeu de Cristo as chaves do Reino do céu para ligar e desligar.
Os protestantes devem dar graças a Igreja por
eles terem uma Bíblia prontinha, pois ela não caiu do céu com capa e zipper.
Antes as Bíblias não eram impressas, não existia esse recurso. Eram escritas e
copiadas a mão pelos monges.
Nós católicos temos como fonte da verdade,
a Bíblia, Tradição e o Magistério. E na tradição e no magistério podemos
afirmar que a Bíblia contém 73 livros inspirados. Os protestantes aceitando a
Bíblia como única fonte da verdade, fica impossível a eles dizerem quais os
livros são inspirados por alguns motivos:
1º - A Bíblia mesma sendo inspirada, não dá
testemunho de si mesma.
2º - Protestantes aceitando somente a
Bíblia como fonte verdade, não tem uma tradição apostólica que dê testemunho
dela.
3º - Se a Bíblia fosse a única revelação e
única fonte de verdade, onde encontramos a verdade sobre quais os verdadeiros livros
deve conter nela? Dentro dela contém a lista dos livros inspirados? Claro que
não!
O cânon bíblico, ou seja, a compilação dos
verdadeiros livros, cartas e evangelhos deve ser algo que esteja fora da
Bíblia, e foi de responsabilidade da Igreja, por guardar a verdadeira Tradição
e Magistério Eclesiástico.
Foram escritos vários evangelhos, inclusive
o famoso Evangelho segundo São Tomé, e o Apocalipse de Pedro, considerados apócrifos
pela Igreja, dentre outros. No entanto somente quatro foram considerados
inspirados e autênticos, os Evangelhos segundo Mateus, Marcos, Lucas, João e o Apocalipse de
João.
O reformadores rejeitaram 7 livros do
antigo testamento, por conterem doutrinas que não eram convenientes a eles, por
exemplo a existência do Purgatório e as orações pelos mortos. Estes livros
rejeitados são chamados de Deuterocanônicos, são eles Tobias, Judite, Macabeus
I, Macabeus II, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico (também chamados de Sirácide
ou Bem Sirá), e Baruc. Recebem o nome deuterocanônicos porque fazem parte de um
cânon e não faz parte de outro, e foram escritos numa língua diferente.
Interessante é ressaltar que Jesus em seus
sermões nas sinagogas sempre mostrava referências ao textos destes deuterocanônicos do antigo testamento,
e os rabinos grandes conhecedores das Escrituras nunca o acusaram de herege ou
de dizer algo que não estava escrito.
Estamos a disposição para mais detalhes
caso for preciso.
Weslen Viana
Nenhum comentário:
Postar um comentário