É São Paulo que descreve aos Coríntios a
Igreja como sendo um corpo, um Corpus
Mysticum, onde Jesus é a Cabeça: “Porque,
como o corpo é um todo tendo muitos membros, e todos os membros do corpo,
embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo”. (I Cor 12,12).
Não podemos dizer que todos somos a Igreja,
por nós mesmos, mas que fazemos parte em Cristo, como membros deste Corpo
Místico.
Se fazemos parte da Igreja então ela é
pecadora?
Não. A nossa natureza pecaminosa
não mancha a Igreja, porque se Cristo é a Cabeça, então há nesse Corpo Místico,
infinita santidade.
Há um momento na Liturgia
Eucarística, que simboliza perfeitamente, e nos faz entender, o motivo pelo
qual somos pecadores e isso não torna a Igreja maculada.
Na Missa, o sacerdote junta uma
gota de água ao vinho do cálice, simboliza a Igreja, união de Cristo, cabeça do
corpo Místico e dos homens que participam de seu corpo. Mas, assim como a
gotinha de água não consegue diminuir a cor, o sabor e o perfume do vinho
(posto no cálice em muito maior quantidade), assim também não afetamos a
Cristo, em seu Corpo Místico, com os nossos pecados pessoais. Pelo contrário, é
a cor, o sabor, o perfume do vinho que são transmitidos à gotinha de água.
Weslen Viana